A candidatura do militar da reserva Jair Bolsonaro (PSL) e seu vice, o General Hamilton Mourão (PRTB) foi alvo de moção de repúdio assinada por 562 juristas, que consideram a chapa formada por pessoas antidemocráticas e hostis aos direitos humanos”.
De acordo com o documento, quando a comunidade internacional comemora o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Brasil celebra o 30o aniversário da Constituição Federal de 1988, é preciso se alertar para “o perigo que corre a sociedade brasileira frente à naturalização de valores de extrema direita e protofascistas”.
O documento observa que tais valores são assumidos pela coligação de Bolsonaro, que disputa as eleições em nome da ordem como caminho “velado para a violência, a censura e a instauração de um governo autoritário e antipopular”.
O documento ainda aponta que, mesmo convalescendo em hospital após sofrer grave agressão contra a vida, Bolsonaro segue incitando a violência “inspirada em valores fascistas” exortados ao longo da carreira política.
Os manifesto ainda adverte à população que o candidato do PSL estaria defendendo posições e projetos de lei racistas, “misóginos, homofóbicos e sexistas” os quais consideram inconstitucionais.
O documento ainda denuncia o suposto comportamento criminoso do candidato, quando ele expressa de forma pública opinião a favor dos assassinatos e execuções havidos na ditadura militar, elogia torturadores e estupradores e incita violência física contra adversários políticos e ideológicos, estímulo que já produz vítimas de crime de ódio contra homossexuais, mulheres, negros, migrantes e militantes identificados com a esquerda.
O General Mourão, vice na chapa de Bolsonaro, é citado como alguém que faz “apologia da ditadura, homenageia notórios torturadores e defende uma nova Constituição sem o respaldo de uma Constituinte eleita pelo voto popular”.