Professores da rede municipal de ensino de Feira de Santana, no centro-norte baiano, protestam contra a decisão da prefeitura de não repassar a verba dos precatórios do Fundef, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério. As aulas estão suspensas desde ontem (25) e a categoria deve se reunir com representantes da administração municipal hoje (26), por volta das 3h da tarde. Um grupo de docentes ocupou a sede da prefeitura, por volta das 6h da tarde de ontem, e acabou trancado em uma sala. Em entrevista a rádio metrópole, a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, Elza Melo, afirmou que os manifestantes ficaram presos por mais de seis horas.
O secretário de Comunicação do município, Valdomiro Silva, afirma que os manifestantes não foram trancados intencionalmente. “O prédio da prefeitura é um imóvel tombado, com vários dispositivos de segurança. Depois do horário de expediente, esses dispositivos são acionados. Salas são fechadas, a iluminação é desligada”, explicou.
Ainda de acordo com o titular da Secom, embora a administração municipal tenha recebido a verba, que é estimada em R$ 260 milhões, nenhuma medida será tomada enquanto não houver um posicionamento de instâncias superiores. “A prefeitura de Feira não diz que é contra nem a favor do repasse aos professores, mas precisa aguardar uma decisão do TCU e do STF sobre o assunto”, explicou. De acordo com a representante da APLB, o movimento não tem previsão de acabar. “A paralisação continua enquanto o prefeito não cumprir a lei da liberação dos recursos. A prefeitura já recebeu a verba, mas o prefeito se recusa a liberar”, apontou.