O Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense) aumentou a taxa de juros nesta quarta-feira (26) pela terceira vez no ano. Os juros saíram do intervalo de 1,75% a 2% ao ano para a faixa de 2% a 2,25%.
Com taxas mais altas, os Estados Unidos tornam-se mais atraentes para investimentos aplicados atualmente em outros mercados como o Brasil. Num cenário como esse, os investidores se desfazem de ativos em países emergentes e compram títulos americanos, o que motiva uma tendência de alta do dólar em relação ao real.
A questão entrou no radar da autoridade monetária brasileira. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC) traz essa perspectiva de aversão ao risco, com a perspectiva de que a taxa de juros brasileira, a Selic, venha a ser majorada em 2019. Há analistas que prevêem, porém, que o novo ciclo de alta da taxa básica já comece na próxima reunião do Copom em outubro, logo após as eleições.
No front externo, o Fed indicou o fim da era de política monetária “expansionista” e deixou a sua perspectiva de política monetária para os próximos anos praticamente inalteradas em meio ao crescimento econômico estável e a um mercado de trabalho forte no país. A alta dos juros já era esperada pelo mercado. O último aumento ocorreu em junho.