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BC DIZ QUE CENÁRIO PARA INFLAÇÃO PIOROU E PODE SUBIR JUROS

Redação - 25/09/2018 08:34 - Atualizado 25/09/2018

O Banco Central avaliou que o cenário piorou nos últimos meses e indicou que pode ser necessário subir a taxa básica de juros da economia, atualmente em 6,5% ao ano, nos próximos meses para atingir a meta de inflação fixada para o ano de 2019. A informação consta na ata de sua última reunião, realizada na semana passada, quando a taxa Selic foi mantida estável no menor nível da história pela quarta vez consecutiva. O documento foi divulgado nesta terça-feira (25).

A piora no cenário para a inflação está ligada, entre outros fatores, à disparada do dólar – que tem potencial para gerar pressões inflacionárias no Brasil. Isso porque os produtos, insumos e serviços importados ficam mais caros na medida em que o dólar se valoriza. Além da moeda norte-americana, a cotação do petróleo também subiu nos últimos meses, pressionando os preços dos combustíveis.

A definição da taxa de juros pelo BC tem como foco o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5% e, para 2019, é de 4,25%.

Em suas estimativas, o BC avaliou que, no chamado “cenário de mercado”, que considera o câmbio em R$ 3,83 no fim deste ano e em R$ 3,75 no fechamento de 2019, e aumento dos juros para 8% ao ano no fim do próximo ano, não haveria problemas para atingir a meta de inflação. A expectativa do BC para o IPCA do ano que vem, nesse cenário, é de 4%. Porém, em um cenário sem aumento de juros, e câmbio fixo em R$ 4,15 (que vigorou na semana anterior à reunião do Copom), o Banco Central estimou que a inflação ficaria “em torno de 4,4% para 2018 e 4,5% para 2019”. (G1)

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