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ORÇAMENTO CURTO FAZ CONSUMO DAS FAMÍLIAS CAIR NO BRASIL

Redação - 24/09/2018 13:50

A cada mês que passa, as despesas fixas da família Lima com luz, água, telefone e gasolina só aumentam. Com uma bebê de três meses e mais dois filhos, uma de 16 anos e outro de 8 anos, Angela de Cássia Dias Lima e o marido Luciano Lima viram, nos últimos seis meses, a conta de luz saltar de R$ 120 para R$ 189. As despesas com água e esgoto também subiram: passaram de R$ 120 para R$ 132. E o carro que o casal usa para passear aos finais de semana – ir ao shopping, comer fora, por exemplo – fica a maior parte do tempo estacionado na garagem porque falta gasolina. “A gente rebola para pagar as contas”, desabafa Angela, que é fiscal de transporte escolar.

Ela e o marido, que trabalha como autônomo depois de ter perdido o emprego de garçom no início do ano, não têm para onde correr e são obrigados, como a maioria dos brasileiros, a aceitar os aumentos das tarifas. Uma das saídas para conseguir “encaixar” esse aumento de despesa na renda familiar, que gira em torno de R$ 2.200 por mês, foi reduzir o consumo de outros bens e serviços que não são “obrigatórios”.

A família, por exemplo, deixou de comer fora e está gastando menos no supermercado. Antes da disparada das tarifas, Angela conta que comprava duas caixas de leite por mês. Hoje leva para casa uma caixa. Ela e o marido passaram a beber chá para deixar o leite para as crianças. Bolacha recheada também entrou na lista de corte: antes a família comprava cerca de 20 pacotes por mês e hoje são apenas três. “Com essas e outras reduções consigo gastar cerca de R$ 120 a menos por mês no supermercado”, calcula Angela.

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