O mercado financeiro viveu mais uma tarde de pânico com a perspectiva de um segundo turno entre o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e o PT de Fernando Haddad/Lula. Entrou nos cálculos dos investidores a perspectiva de que o voto em Bolsonaro traga de volta os petistas ao poder, em função da rejeição do militar da reserva.
Os investidores torcem o nariz para os petistas, em função de uma suposta negativa do partido em levar adiante reformas consideradas fundamentais á economia brasileira, como a Reforma da previdência.
Na tarde de hoje, o índice Bovespa fechou em queda de 1,84% e o dólar teve alta de 1%. Com o desempenho, a bolsa brasileira perdeu o suporte dos 78 mil pontos, fechando em 77.984 pontos.
Para o mercado a perspectiva de uma volta do PT ao poder torna-se o pior dos mundos e, com isso, o dinheiro que poderia ser investido na bolsa brasileira migra para países mais previsíveis, tidos como porto seguro em relação aos solavancos que a política proporciona à economia brasileira.
Há que se ponderar, em contrapartida, que fenômeno similar ocorreu quando da primeira eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, num momento no qual se verificou a equação dólar em alta e bolsa em baixa, e a tendência foi invertida ao longo dos primeiros meses de mandato do então presidente Lula.
O alvoroço no mercado financeiro veio após uma nova pesquisa para presidente da República divulgada na noite desta sexta-feira (21), pelo DataPoder360, que mostrou um empate técnico entre os candidatos Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) ainda no primeiro turno, com 22% e 26% das intenções de voto, respectivamente.