O Facebook foi acusado de discriminação de gênero por mostrar alguns anúncios de emprego exclusivamente para homens em sua plataforma nos Estados Unidos. A ação foi protocolada por 3 mulheres por meio de uma organização que defende direitos civis. Elas disseram à Comissão de Igualdade de Oportunidades e Emprego dos EUA que a rede social filtrava anúncios de emprego com base no gênero e impedia mulheres de ver vagas de trabalho em indústrias tipicamente masculinas, como construção, programação de softwares e transporte.
Além do Facebook, 9 empresas que ofereciam essas vagas e as que recrutavam também foram implicadas na acusação. Nos EUA é proibido por lei divulgar anúncios de emprego ou contratar alguém baseado em critérios de gênero e idade. A acusação na comissão é o passo anterior à abertura de um processo legal por discriminação. O Facebook afirmou, em um comunicado, que não há lugar para discriminação na empresa. “Está estritamente proibida em nossas políticas e, no último ano, reforçamos nosso sistema para evitar qualquer equívoco”, afirmou o porta-voz Joe Osborne.
A habilidade do Facebook de mostrar anúncios para grupos bastante específicos de pessoas foi algo que fez a plataforma muito popular entre empresas procurando por novos empregados. Um estudo de 2016 da Sociedade de Gestão de Recursos Humanos mostrou que 66% dos empregadores que usam mídias sociais em busca de prospectos utilizavam também o Facebook para isso. Em 2017, a plataforma disponibilizou ferramentas para negócios postarem vagas de emprego e usuários buscarem oportunidades.