“Os extremos não trazem bons resultados. Normalmente os bons resultados vêm do equilíbrio, da coerência, da transparência”. A declaração é do presidenciável João Amoêdo (NOVO), numa discurso conciliatório, em relação ao panorama de polarização instaurado no debate político contemporâneo. O candidato passa por Salvador hoje (20).
“Estão tentando polarizar a disputa eleitoral, quase transformando o que era pra ser um primeiro turno em um segundo turno. Acho isso muito ruim, a sociedade brasileira está sendo dividida e nesse tipo de polarização, nós contra eles, acaba não havendo discussão de propostas”, disse.
Amoedo prosseguiu em seu discurso pró-mercado e liberal, inclusive no que tange á região nordeste, em seu histórico de desigualdades em relação às regiões sul e sudeste do país.
“O Nordeste tem uma vocação fundamental que e o turismo, entretanto toda essa dificuldade de empreender aliado ao estado crítico da segurança na região, acaba tirando a chance de prosperarmos mais nessa área. Tendo mais liberdade econômica, tendo mais capacitação, certamente vamos conseguir crescer”, considerou.
Questionado por jornalistas sobre a capa da Revista the Economist, que trazia o candidato á presidência Jair Bolsonaro (PSL) como uma “ameaça” à América Latina, Amoedo evitou tecer comentários, mas pontuou:
“Não vou entrar no mérito da questão da Economist, mas na minha visão o Bolsonaro está há 28, 29 anos no Legislativo e eu não consigo ver nenhuma medida que ele tenha feito, nenhuma aprovação de lei ou projeto que tenha melhorado a vida do cidadão brasileiro e tenho muita dificuldade de saber o que ele pensa pois hoje ele se coloca defensor de uma plataforma liberal, mas lá atrás ele votou contra o Plano Real, contra o fim do monopólio da Petrobrás em alguns setores, contra monopólios de telefonias, então todos os votos dele no passado diferem do que ele prega hoje”, disse.