O Ministério Público do Estado da Bahia vai apurar supostas práticas criminosas cometidas contra mulheres que sofreram ataques pessoais e cibernéticos, discriminação e ameaças em razão de terem criado nas redes sociais um grupo contra um candidato à Presidência da República.
A procuradora-geral de Justiça Ediene Lousado recebeu na noite de ontem, dia 18, em seu gabinete, as criadoras e participantes do grupo que tiveram suas contas pessoais nas redes sociais, endereço de e-mail e até o telefone celular invadidos por hackers.
Elas também relataram que estão sendo alvo de ameaças e discriminação. A publicitária Ludimilla Teixeira, as advogadas Ana Clea Cordeiro e Juliana Borges, a jornalista Vanda Amorim, a defensora pública Mônica Aragão e a fotógrafa Sandra Andrade pediram o apoio do Ministério Público para a apuração e responsabilização criminal dos envolvidos nos ataques.
A chefe do Ministério Público baiano prometeu rigor na apuração e afirmou que a instituição repudia qualquer tentativa de violação às garantias asseguradas pela Constituição Federal, como a livre manifestação do pensamento.
As denúncias das vítimas serão encaminhadas aos Núcleos de Combate aos Crimes Cibernéticos (Nucciber) e de Apoio às Promotorias de Justiça Eleitorais (Nuel) e aos Grupos de Atuação Especial de Defesa da Mulher (Gedem) e de Combate à Discriminação (Gedhdis).