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COPOM DEVE MANTER JURO BÁSICO NA MÍNIMA DE 6,5% AO ANO

Redação - 19/09/2018 07:00

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (19) e deve manter a taxa básica de juros da economia brasileira estável em 6,50% ao ano, segundo estimativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro. Se a previsão das instituições financeiras se confirmar, essa será a quarta manutenção seguida da taxa Selic, que, mesmo assim, continuará no menor nível da série histórica do Banco Central – que teve início em 1986. A decisão do Copom será anunciada após as 18h desta quarta.

Os bancos projetam também que os juros básicos devem permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018. Para o fechamento do próximo ano, porém, a estimativa dos economistas para a taxa Selic está em 8% ao ano. Ou seja, a expectativa é de alta nos juros em 2019. A definição da taxa de juros pelo BC tem como foco o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5% e, para 2019, é de 4,25%.

Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o BC reduz os juros; quando estão acima da trajtetória esperada, a taxa Selic é elevada. O ano que começa a ganhar força na definição da taxa de juros, pois as decisões do Copom demoram cerca de seis meses para terem impacto pleno na economia. Neste ano, a inflação segue relativamente comportada, tendo registrado deflação (queda de preços) em agosto. A previsão dos economistas para a inflação de 2018 está em 4,09% e, para o ano que vem, em 4,11%, ou seja, ainda em linha com as metas de inflação.

Entretanto, o dólar, que tem registrado valorização por conta da subida de juros nas economias desenvolvidas, pelas tensões eleitorais, por conta da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, e pela especulação no mercado, pode representar pressão inflacionária nos próximos meses. Analistas avaliam, porém, que em um cenário de baixo crescimento econômico, com desemprego ainda alto, o chamado repasse da alta do dólar para a inflação tende a ser menor.

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