Balanço anual divulgado hoje (18) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que em 2017 foram registradas 1.566 greves no país, o que representa uma queda de 25% na comparação com 2016, segundo. Das 1.566 greves ocorridas, 814 foram promovidas por trabalhadores do setor público e 746 por trabalhadores da esfera privada.
Apesar da queda do número de greves no ano passado, o Dieese destaca que o número ainda é bastante superior aos registrados antes de 2013, quando o patamar variava ao redor de 500 greves por ano.
Em tempo de duração, 54% das greves (839), do ano passado, foram encerradas no mesmo dia em que foram deflagradas e cerca de 16% (244) alongaram-se por mais de 10 dias. De acordo com o Dieese, 81% das greves realizadas em 2017 incluíam itens de caráter defensivo na pauta de reivindicações, sendo que mais da metade (56%) referia-se a descumprimento de direitos.
A exigência de regularização de vencimentos em atraso (salários, férias, 13º ou vale salarial) esteve presente na pauta de 44% e foi a principal reivindicação. Na sequência, aparece o pedido de reajuste de salários e pisos, presente em 32% das paralisações. De 570 greves (36% do total anual) sobre as quais o Dieese conseguiu reunir informações sobre o desfecho, 78% tiveram algum êxito no atendimento às suas reivindicações, segundo o balanço.