O titular da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Cláudio Tinoco, informou que, depois de pronto, o novo Centro de Convenções deve realizar de 25 a 30 eventos por mês e movimentar entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões por ano. “Durante muitos anos, Salvador foi o terceiro destino para o turismo de negócios, ficando atrás apenas de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas desde que o Centro de Convenções da Bahia foi interditado, a cidade perdeu essa posição. Agora, teremos um espaço moderno e equipado, pronto para atender as necessidades da cidade”, disse Tinoco.
Na avaliação do presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Febha), Silvio Pessoa, a construção do novo empreendimento terá impacto em toda e economia da cidade. Ele afirmou que, desde que o antigo Centro de Convenções (administrado pelo governo do estado, no Stiep) foi desativado, Salvador perdeu 20 mil postos de trabalho, apenas no setor de hotelaria. “O impacto foi grande, porque o turismo é responsável por 20% do PIB da cidade e, quando há crise, o lazer é o primeiro setor afetado. O último grande evento realizado em Salvador foi em 2013, no antigo Centro de Convenções. Nos últimos cinco anos perdemos R$ 2 bilhões em eventos”, disse.
Ele também culpa a instabilidade na economia nacional pelo cenário. Há 30 anos trabalhando com turismo na Bahia, ele contou que essa foi a crise mais extensa que precisou superar. Pessoa afirmou que, depois que o novo centro for inaugurado, ainda haverá o desafio de atrair para Salvador os congressos que migraram para outras cidades nos últimos anos. “Depois que ele for inaugurado, teremos outro desafio, porque os eventos que são realizados com a regularidade de seis meses ou um ano, por exemplo, são planejados muito antes. Eles já estão programados para ocorrer em outras cidades. Teremos que atrair novamente esse público”, disse. Atualmente, existem 40 mil bares e restaurantes e cerca de 4 mil hotéis na Bahia.