Torneio que reunirá todas as seleções europeias, a Liga das Nações vai começar nesta quinta-feira. Será uma oportunidade para as equipes do Velho Continente manterem a competitividade em alto nível no período pós-Copa do Mundo.
De acordo com a UEFA, os tradicionais amistosos realizados após o Mundial não eram suficientes para os técnicos das seleções avaliarem os jogadores. Por isso, a instituição optou pela criação do campeonato quadrienal, com confrontos oficiais e a possibilidade de as equipes garantirem vaga na Eurocopa de 2020.
Ao tornar os amistosos das seleções europeias menos frequentes nos últimos meses de 2018, no entanto, a Liga das Nações também impactará – negativamente de certa forma – o calendário de outros esquadrões. A seleção brasileira, por exemplo, que costuma enfrentar times europeus, terá de ocupar as datas FIFA com mais duelos contra equipes de fora do Velho Continente.
Na convocação para os amistosos contra Estados Unidos e El Salvador, o coordenador de seleções da CBF, Edu Gaspar, confirmou a interferência da Liga das Nações:
– Claro que a Liga das Nações dificulta, mas já conversamos internamente e vamos buscar os maiores adversários. A ideia em relação aos próximos jogos continua a mesma: enfrentar sempre os principais oponentes, a maior dificuldade possível – disse.
O comentarista Caio Ribeiro acredita que enfrentar seleções europeias seria o ideal, principalmente pelo fato de o “futebol europeu viver um grande momento”. Na Copa da Rússia, os quatro semifinalistas vieram do Velho Continente: França, Bélgica, Inglaterra e Croácia.
– Quanto mais a gente puder jogar contra europeus, testar formações e dificuldades diferentes, mais o time vai evoluir. A partir do momento em que você tem a Liga das Nações, perde a oportunidade de fazer mais amistosos contra times da Europa e, aí, perde rendimento – afirmou. Uma solução para o calendário brasuca, segundo Caio, seria a variação de adversários:
– Tem que mesclar. Buscar, talvez, testar um time da África que tenha uma característica de imposição física, ou o Japão, conhecido pela velocidade. Pode também fazer jogos na América do Sul, contra rivais mais tradicionais, como Uruguai e Argentina. É preciso que o time atue em situações diferentes – garantiu.