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PEQUENOS PRODUTORES CULTIVAM ROSA DO DESERTO NA BAHIA

Redação - 03/09/2018 08:27

Além de ser natureza exuberante, a Chapada Diamantina também é terra de agricultura diversificada. De uns anos para cá, um novo cultivo vem ganhando força e atraindo cada vez mais gente para região: a produção de flores.

A alegria do seu Francisco Gomes tem dois motivos: o amor pela sanfona e pelas flores. O lote onde ele cultiva tem um hectare e fica em Morro do Chapéu, centro-norte baiano. “É uma terapia. Adoro estar aqui. Eu vou fazer meus shows por aí e fico doidinho para chegar logo na minha roça”, conta. Seu Chico também é o presidente de uma associação que reúne 15 produtores. Eles cultivam cinco tipos de flores em áreas irrigadas e a rosa é o proudo principal. Eduardo Gama é empresário da construção civil e veio para a Chapada e plantou 7 mil pés em terra própria e mais 23 mil em áreas arrendadas.

Ele produz 100 dúzias de rosas por mês, vende 12 flores por R$ 15 e o custo de produção é de 50%. “Para mim tá ótimo. A perspectiva é que seja mais, né. Daqui uns dias vai ter mais colheita”, diz Eduardo.

Para melhorar a produtividade das áreas, os agricultores contam com a assistência de um agrônomo e dois técnicos agrícolas, que também são produtores e membros da associação. É o caso dos técnicos Elói Falcão e Francikleber Macário. Eles explicam que a Chapada tem uma natureza favorável para produção de flores.

Glória Rocha é de Morro do Chapéu, mas ainda jovem foi para Salvador trabalhar e por lá ficou 30 anos. Há pouco tempo voltou para Morro e encontrou nas flores um jeito de se manter pela cidade. No sítio de pouco mais de um hectare, ela produz Statices, flores coloridas usadas em arranjos, buquês e jardins. “Produzo 50 buquês, mas quando eu viajo, compro de outros produtores para poder levar 200, 250 buquês para Salvador”

Julio e Damares são agrônomos, professores aposentados da UFPE. Conheceram as rosas do deserto quando foram trabalhar com reprodução de cactus e suculentas na Califórnia, nos Estados Unidos. Há quatro anos, compraram um sítio e resolveram investir na experiência: produzir rosas em Morro do Chapéu. São 8.000 plantas por ano, com características e formas diferentes. Os professores aposentados trabalham duro para atender a procura pelas rosas. Um exemplar com 18 anos, por exemplo, chega a custar R$ 10 mil e são mais de 400 variedades. (Globo Rural)

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