Ao menos nove representações foram protocoladas em tribunais eleitorais contra propagandas do PT nas eleições 2018 depois de a legenda insistir em manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato, como protagonista das inserções, apesar de ele ter sido barrado pela Justiça Eleitoral.
Uma das ações causou a suspensão na manhã de hoje (4) de propagandas do PT no rádio. A defesa petista disse que os pedidos fazem parte da “rotina de campanha”. No sábado, o ex-presidente Lula teve o registro de candidatura à Presidência barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar da decisão, o PT manteve o discurso em favor dele e atacou a Justiça no programa eleitoral na TV e nas ruas, ao insistir na postulação do ex-presidente.
De acordo com o Estadão, em passagem pelo Nordeste, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, provável substituto de Lula nas urnas, pediu empenho da militância na defesa de Lula. Haddad se reuniu hoje com o ex-presidente na prisão em Curitiba para discutir o resultado da sessão. Lula sabe do resultado, mas durante o final de semana não pode receber visitas – nem de advogadas – conforme determinação da Justiça.
O Novo foi o partido que mais protocolou representações, entre elas, a que suspendeu o programa petista no rádio. A legenda entrou com seis ações no TSE – três delas na noite de ontem, a fim de contestar inserções do PT publicadas no sábado e no domingo. O partido acusa a coligação “O Povo Feliz de Novo” de descumprir ordem judicial; as outras duas acusam a chapa petista de fazer propaganda irregular no rádio e na TV. Nelas, o partido cita que as propagandas veiculadas no sábado descumprem o que foi decido pelos ministros por 6 votos a 1.