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ELEIÇÕES 2018:  PRÓXIMO PRESIDENTE TERÁ NA ÁREA FISCAL SEU MAIOR DESAFIO

Redação - 03/09/2018 11:07

O Brasil vive seu momento eleitoral de 2018. Os candidatos estão pelo Brasil apostando no contato com o eleitor para adquirir os votos necessários para chefiarem o país no ao que vem. Porém um dos maiores desafios que o próximo presidente terá vai passar por recuperar a economia do país e isso está diretamente ligada a área fiscal.

As reformas iniciadas no governo Temer vão precisar ter um futuro atrativo para o mercado. A primeira delas é a reforma da Previdência. Essa matéria está se arrastando no Congresso e os gastos com aposentaria, pensões e benefícios sociais do INSS, para trabalhadores do setor público e privado, representam, hoje, mais de 50% do Orçamento da União, algo em torno de R$ 735 bilhões, segundo informações do Ministério do Planejamento. Esse volume é sete vezes maior que a área da Saúde e pode chegar a 10 vezes em 2025.

O desequilíbrio das contas públicas é outro problema. Apesar de registrar, em junho deste ano, uma arrecadação exorbitante de 1,2 trilhões de impostos, segundo informações do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o déficit primário é um gargalo de proporções gigantescas. A projeção do Ministério da Fazenda é fechar o ano com déficit de R$ 161,2 bilhões, que deverá marcar o quinto ano que o país não consegue economizar para pagar juros da dívida pública. A estimativa que ao final de 2018, esse rombo pode chegar a 77% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estimativa do Banco Central, e muito acima de países emergentes, com 48% do PIB.

Outro ponto seria a reforma tributária. O Brasil tem um sistema tributário complexo, com mais de 200 mil normas fiscais em vigência no país, sendo 30 novas regras ou atualizações por dia na média e não por acaso temos a maior carga tributária da América Latina e uma das maiores do mundo, com 33% do PIB, segundo o IBTP. A Reforma Tributária seria a grande chance para conseguirmos alcançar a unificação de tributos e simplificar os processos de declaração e pagamento de impostos, o que facilitaria a vida de contribuintes e empresas.

Uma grande reforma como essa passou à margem do debate político entre os candidatos que postulam ao cargo de Presidente da República. Não entrou na discussão porque trata-se de matéria densa e de pouca repercussão entre os eleitores. Segundo uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Ibope, o próximo governo deve concentrar esforços em saúde, educação e segurança, na opinião de 44% das pessoas entrevistadas.

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