O vereador Kiki Bispo (PTB) foi alvo da coligação do governador Rui Costa (PT) após ter tecido comentários considerados “fake news” pelo grupo. Uma ação foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral na Bahia, mas Rui não ganhou o direito de resposta.
“Como já explicitado, é cediço que, nesta fase do prélio eleitoral, os candidatos e eleitores procuram, de acordo com suas preferências, realçar as virtudes de suas atuações administrativas e exagerar os defeitos e as deficiências dos seus opositores. Contudo, no caso em lume, entendo que a propaganda hostilizada não ultrapassa os limites do mero questionamento político nem viola a legislação de regência, devendo, portanto, ser negada a ordem pleiteada”, diz a juíza auxiliar Gardênia Pereira Duarte.
Em entrevista à TV Servidor, Bispo havia afirmado que Rui “não faz e usa aliado para tentar atrapalhar quem quer fazer o novo Centro”. “Qualquer empresa tem o direito de questionar o que quiser na Justiça, mas é muita coincidência que, no caso do novo Centro de Convenções, tenha sido justamente uma de um político da base do governo petista”, declarou o edil ao veículo. “Mas o consórcio do qual faz parte a empresa do deputado federal Félix Mendonça (PDT), que perdeu no sorteio, conforme estava previsto no caso de empate, agora apela ao tapetão só para atender o interesse político do aliado Rui Costa”, completou.
Na ação, a defesa de Rui argumentou que a matéria caracteriza-se como ‘fake news’. “Sustenta o representante que a matéria combatida veicula notícia inverídica, com conteúdo ofensivo à sua honra e imagem, de forma a caracterizar fake news, com o objetivo de atingir negativamente a sua candidatura ao cargo de Governador da Bahia no pleito de 2018, vinculando a sua pessoa ao atraso nas obras do Centro de Convenções da Bahia”.