O candidato a presidente da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin em entrevista ao Jornal Nacional afirmou que fez a aliança com o Centrão para poder ter mais condições de governo caso seja eleito. O candidato foi questionado pela jornalista Renata Vasconcellos sobre o fato de os partidos do chamado “Centrão”, integrantes da coligação liderada pelo PSDB, reunirem 41 investigados na Lava Jato.
Alckmin disse que todos os partidos têm “bons quadros” e afirmou que, sem alianças, o presidente eleito não consegue fazer mudanças. Segundo o presidenciável, a candidata a vice na chapa dele, a Ana Amélia (PP-RS), é a “mais respeitada mulher senadora”. “Temos bons quadros em vários partidos e precisamos ter maioria para fazer as mudanças que o Brasil precisa. Quem prometer mudança sem construir maioria é conversa fiada”, declarou. Ele afirmou que se eleito vai propor uma reforma política para reduzir o número de partidos políticos – atualmente, 35.
“Ou vamos continuar no marasmo que está o Brasil ou precisamos fazer reformas. O Brasil precisa das reformas. Estou explicitando o que vou fazer: reforma política. Para não ter 35 partidos. Reduzir o número de partidos, reduzir o voto facultativo. Importante: o voto distrital, proibir coligação proporcional”, declarou.
Ele também negou irregularidades na obra do Rodoanel, em São Paulo, e defendeu Laurence Casagrande, ex-presidente da Dersa, empresa de infraestrutura viária do estado. Casagrande é um dos 12 indiciados pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento no suposto esquema de desvio de dinheiro das obras do trecho norte do Rodoanel.