O ex-prefeito de São Paulo e candidato a vice, Fernando Haddad (PT), afirmou que a oposição precisa respeitar os resultados das urnas eleitorais e disse que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não teve “condições psicológicas” de lidar com a “turma do barulho do Congresso”, que tinha integrantes como o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB).
“As pessoas precisam saber respeitar o resultado eleitoral. Você tem que torcer para quem ganhou dar certo. Oposição com responsabilidade faz crítica construtiva. Agora, o que fizeram com a Dilma… Chacoalharam, para quê? Na eleição, o Aécio não ligou. Foi o primeiro candidato a presidente que perdeu uma eleição, que não deu um telefonema para a vencedora, para cumprimentar. Eu, quando eu perdi a eleição [para João Doria, PSDB], saiu o resultado, eu liguei, corri para o diretório para dizer, a partir de hoje, toda a minha equipe está disponível para o prefeito”, declarou, em entrevista à Rádio Metrópole.
Sobre Dilma, Haddad falou ainda que a ex-presidente tinha “alergia à corrupção”. “Não pode ouvir falar de coisa errada. Agora, no Congresso tem de tudo. Para ela, foi muito difícil conviver com algumas figuras. Ela não tinha condições psicológicas de lidar com um sujeito como Eduardo Cunha. Como é que você lida com Cunha? Mas olha só, quem é que mandava no Congresso nessa época? Cunha, Geddel. Geddel tinha um peso na política impressionante. […] Uma turma do barulho tomou conta do Congresso. Ela se retraiu para não se misturar. Aécio, quando perdeu a eleição, fez uma aliança com essa turma para afastar Dilma. Mas eles usaram o lado mau do Congresso”, pontuou.
Haddad condenou empresários, que são punidos por corrupção, mas “estão em casa, mantendo o patrimônio intacto”. “Não concordo com isso. Deveríamos punir com severidade o corruptor. Li uma matéria hoje sobre esse assunto. Corruptor não pode mais controlar a própria empresa porque continua corrompendo”, pontuou.
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