O episódio poderia ser trivial, mas, na perspectiva dos últimos acontecimentos que antecederam à formação da chapa governista, o assunto ainda pode dar pano para a manga. Um material de campanha do deputado e candidato à reeleição Marcelo Nilo (PSB), veiculado via whatssApp, havia saído sem a foto do também deputado e candidato ao senado, Ângelo Coronel (PSD).
A questão fez com que tenha ressurgido a celeuma que antecipou o anúncio da majoritária de Rui Costa (PT), que elegeu Coronel, em detrimento da senadora Lídice da Mata (PSB), como candidato governista ao senado, pela Bahia.
Coronel creditou sua exclusão do material de campanha de Nilo como um possível “erro da gráfica”. Porém, questionado se não tivesse sido um equívoco e, de fato, ele tivesse sido excluído da peça, ele comentou que o deputado Nilo poderia votar em quem fosse da sua escolha, mas esperava apoio aos dois candidatos ao senado na majoritária do governador – ele e o petista Jacques Wagner.
Procurado na tarde de hoje para comentar o assunto, o deputado Marcelo Nilo não foi encontrado pela reportagem do Bahia Econômica. Porém, o secretário geral do PSB, Domingos Leonelli, reiterou o que o partido havia dito em nota à época da divulgação dos nomes da majoritária, dentre os quais não poderia ser encontrado o nome da senadora Lídice, em seu pleito pela reeleição.
Leonelli argumentou que a exclusão de Lídice foi um erro histórico e, mesmo, estratégico, pois ela detinha pelo menos 26% das intenções de voto. Além disso, ela, junto com senadores da sigla, foi contrários ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, posição determinante na decisão do partido de ser contrário ao afastamento da ex-presidente.
Leonelli ainda ponderou que o PSB, porém, não manifestou nenhuma instrução aos seus filiados de que não apoiassem a candidatura de Coronel, facultando aos candidatos a possibilidade de fazê-lo ou não.
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