A Heineken obteve uma vitória na Justiça neste final de semana e impediu que fosse executado o mandado de busca e apreensão nas unidades instaladas na Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco. De acordo com o jornal Valor, a autora do pedido de busca e apreensão é a distribuidora de bebidas Mediterrânea. Na quinta-feira (16), o desembargador Antônio Fernando de Araújo Martins, do Tribunal de Justiça do estado de Pernambuco, determinou a execução da medida judicial contra a companhia. Na sexta (17), a cervejaria entrou com mandado de segurança pedindo a suspensão da decisão. O pleitou foi acolhido pelo desembargador José Fernandes de Lemos, do 1º Grupo de Câmaras Cíveis da Corte pernambucana.
A Mediterrânea, em recuperação judicial há 3 anos, tem uma dívida de cerca de R$ 90 milhões. A Heineken é credora de R$ 50 milhões. A fabricante de cerveja reclama que está amarrada a uma decisão judicial, proferida pela 6ª Câmara Cível de Pernambuco, que a obrigada a vender cerveja e refrigerante à Mediterrânea a preços absurdamente baixos. Segundo a publicação, desde meados do ano passado, quando foi determinada a tabela de preços, a Heineken acumula perda de R$ 90 milhões nessa relação comercial. Seu comando diz que o prejuízo gira em torno de R$ 10 milhões por mês. A Heineken chegou a comunicar ao governo pernambucano que estuda, como medida extrema, fechar as duas fábricas que tem no Estado, onde emprega 1.300 pessoas.
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