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CHAPADA TERÁ NOVOS EMPREENDIMENTOS DO SETOR TURÍSTICO, EÓLICO E ALIMENTÍCIO

Redação - 20/08/2018 10:57 - Atualizado 20/08/2018

Quando alguém ouve falar em Chapada Diamantina pensa logo em turismo de aventura, a região é considerada um dos melhores lugares do mundo para este tipo de passeio. Mas as agroindústrias também têm mirado a Chapada e planejam torná-la um polo de alimentos orgânicos. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), cinco empreendimentos estão em implantação e juntos somam investimentos na ordem de R$ 2,15 bilhões. Um exemplo é a Bioenergia Orgânicos, instalada em Lençóis. Na sua primeira fase, investiu R$ 40 milhões em pesquisa e no cultivo de oito frutos (abacaxi, acerola, manga, maracujá, limão, umbu, banana e goiaba). Na fase de industrialização, que está prevista para 2019, serão investidos mais R$ 60 milhões.

“Nós entendemos que o alimento orgânico é o futuro, por isso, investimos no negócio. A Bahia foi escolhida após uma pesquisa entre três estados do Nordeste e a Chapada foi a que melhor se adequou ao projeto que inclui sustentabilidade, respeito ao meio ambiente e inclusão social. Há sete anos mantemos uma parceria com a Embrapa para encontrar a fruteira adequada para o clima da região”, afirma Osvaldo Araújo, um dos sócios-proprietários da Bioenergia. De acordo com Araújo, a fábrica vai extrair a polpa integral do fruto que será envazado em embalagens adequadas de 200 litros que poderão ser armazenadas sem refrigeração por até 2 anos, dependendo da fruta, e serão vendidas para o mercado nacional e externo.

E se o turismo é uma vocação da região, o projeto PIVOT 30, implantado pela Fazenda Progresso, está alinhando industrialização e diversão em Mucugê, com a produção de vinhos, espumantes, geleias e sucos. O investimento previsto é de R$ 50 milhões e a previsão de operação é 2021. O complexo vai integrar a produção das bebidas ao turismo e contará com visita guiada, hotel e restaurante.

Os complexos eólicos que há alguns anos vêm mudando a paisagem do interior baiano, com seus imponentes aerogeradores, ainda são responsáveis pelos maiores investimentos na região. A EDP Energias Renováveis investiu aproximadamente R$ 1 bilhão na construção do Complexo Babilônia, que tem um total de 65 aerogeradores e geração de 142,8 MW. Os parques eólicos Babilônia I a V ocupam os municípios de  Ourolândia, Morro do Chapéu e Várzea Nova. O empreendimento aguarda a autorização da Chesf para iniciar a fase de testes e a liberação da Licença de Operação pelo Inema para começar a operar comercialmente ainda este ano.

Complexo Morro do Chapéu Sul entrou em operação comercial no mês passado, no município que leva o mesmo nome. A Enel Green Power investiu mais de R$ 1 bilhão na construção dos seis parques eólicos: Ventos de Santa Esperança (28 MW), Ventos de Santa Dulce (28 MW), Ventos de São Mário (30 MW), Ventos de São Paulo (28 MW), Ventos de São Abraão (28 MW) e Boa Vista (30 MW). Juntos somam 86 aerogeradores e possuem umas das melhores médias mundiais em potencial energético. A Enel possui 78 MW contratados no último leilão e a intenção é contratar mais 172 MW no próximo do dia 31 de agosto.

Implantada em 2015, a Torres Eólicas do Nordeste vai ampliar sua fábrica em Jacobina. A previsão de investimento é de mais de R$ 6 milhões, com a criação de 40 novos postos de trabalho. A empresa, que produz uma média de cinco torres por semana, já investiu aproximadamente R$ 100 milhões e gera 461 empregos.

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