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APÓS TRÊS JOGOS E ATRITOS COM DONO DO PYRAMIDS, VALENTIM É DEMITIDO NO EGITO

Redação - 17/08/2018 13:00 - Atualizado 17/08/2018

Durou apenas três jogos a passagem de Alberto Valentim pelo Pyramids FC, do Egito. O técnico foi demitido por conta de atritos com o presidente do clube, o xeque árabe Turki Al-Sheikh, que estava irritado com o desempenho da equipe. A notícia foi divulgada primeiro pelo site “Uol” e confirmada pelo GloboEsporte.com.

O clube recentemente gastou 23 milhões de euros (o equivalente a R$ 102 milhões, na cotação atual) para contratar quatro brasileiros: Rodriguinho (Corinthians), Keno (Palmeiras), Carlos Eduardo (Goiás) e Ribamar (Atlético-PR). Mas Turki Al-Sheikh ficou insatisfeito com o desempenho do time no início do Campeonato Egípcio.

No primeiro jogo, a vitória sobre o Enppi veio apenas aos 49 minutos do segundo tempo, gol de falta de Mohamed Magdi Kafsha. No segundo, o Pyramids recebeu o El Entag El Harby em casa e ficou só no empate por 1 a 1 (Keno marcou). O xeque, então, pediu a Alberto Valentim para barrar Ribamar na terceira partida. O pedido não só não foi atendido, como Ribamar fez os dois gols da vitória sobre o El Geish por 2 a 1 na terça-feira. Mesmo assim, o dono do clube se sentiu desacatado e resolveu demitir o técnico.

Outra contratação feita pelo Pyramids foi do atacante Arthur Caike, mas ele acabou repassado ao Al Shabab, da Arábia Saudita, após a chegada de Rodriguinho. Primeiro porque há limite de quatro estrangeiros por time no Egito. Segundo porque o xeque, que também é presidente da Autoridade Esportiva Geral e do Comitê Olímpico da Arábia Saudita, passou a ser pressionado por lá por conta do investimento no Egito e, antes mesmo da contratação de Rodriguinho, já estava encaminhando o repasse de um dos brasileiros (clique aqui para saber mais detalhes dessa relação).

Isso, por sinal, foi motivo de um primeiro atrito entre Turki Al-Sheikh e Alberto Valentim. O dono do Pyramids chegou a ser pressionado para enviar Keno para o Al Shabab, um pedido dos sauditas pela qualidade do jogador. Mas o treinador não aceitou liberar o ex-Palmeiras. O segundo atrito se deu porque o xeque, irritado principalmente com o desempenho de Ribamar e Carlos Eduardo, disse a Valentim que queria repassar ambos para a Arábia Saudita, mas o comandante recusou, alegando que eles são melhores do que os jogadores locais.

O derradeiro atrito, que gerou a demissão, foi a recusa em barrar Ribamar. Nem a vitória e os gols do brasileiro salvaram o técnico, que no Brasil comandou o Palmeiras e o Botafogo antes de tentar essa aventura mal-sucedida. Diante de toda essa confusão, Ribamar também deve deixar o Pyramids. O GloboEsporte apurou que o destino do atacante pode ser o Ohod Club, da Arábia Saudita, mesmo país que recebeu o também atacante Arthur Caike.

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