As discussões neste início de tarde na Câmara Municipal de Vereadores de Salvador (CMS) na foram pautadas pela questão da educação. Os professores da rede soteropolitana suspenderam a greve, porém, as negociações continuam. Os vereadores de oposição se revezaram, na tribuna, cobrando do prefeito ACM Neto a retomada das negociações, sendo que os educadores, agregados na Associação dos Professores Licenciados da Bahia (Aplb), flexibilizaram as suas pretensões iniciais, reduzido a demanda por reajuste a 6,8%.
Na fala dos vereadores oposicionistas à gestão ACM Neto, houve severo questionamento à ação da Guarda Municipal de Salvador (GM), que reprimiu severamente manifestação de profissionais do ensino, em frente à Secretaria Municipal da Educação (SMED).
A fala mais contundente foi a da vereadora oposicionista Aladilce Souza (PCdoB). Além de ter repudiado as supostas agressões contra os professores, a edil afirmou que o secretário municipal da educação, Bruno Barral, teria antecipado à diretora da Aplb, Elza Melo, que a GM iria reprimir duramente os manifestantes. “O secretário da educação ligou para Elza, da Aplb, dizendo o que iria fazer”, afirmou Aladilce.
A intervenção mais irônica, porém, ficou por conta do vereador Hilton Coelho (PSOL). O socialista trouxe à tribuna uma cartolina revestida de papel laminado dourado, que simbolizava uma motosserra, sendo o prefeito ACM Neto agraciado com o irônico prêmio “motosserra de ouro”, por contar 579 árvores na implantação para a implantação do BRT, e pelo o corte no plano de cargos e salário dos servidores da educação.
Na tarde de hoje, a CMS vota as contas da administração ACM Neto.