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SEM FALAR DE PORTOS, TEMER COMENTA DECRETO QUE É INVESTIGADO

Redação - 13/08/2018 13:27 - Atualizado 13/08/2018

O presidente Michel Temer, investigado por um ato que assinou no setor de portos, disse nesta segunda-feira (13) que é uma “ilusão” achar que presidentes da República redigem, assinam e mandam publicar decretos. Sem citar especificamente o decreto pelo qual é investigado, Temer afirmou que esse tipo de documento faz um longo caminho dentro do governo até chegar às mãos do presidente. Ele deu a declaração durante uma reunião no Palácio do Planalto para debater um decreto sobre relicitações.

“Não se pode ter a ilusão de que num dado momento o Presidente da República redige um decreto e assina esse decreto e manda publicar. Isso não existe. Nem no meu governo e evidentemente não existiu em governos anteriores”, afirmou Temer. Ele ainda argumentou que, em muitos casos, recebe os decretos para assinar num prazo curto e toma conhecimento dos textos quando já estão prontos.

Temer criticou que, em situações como essa, haja alegações de que o presidente quis “beneficiar uma ou outra empresa”. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Temer, ao editar o decreto do setor portuário, favoreceu irregularmente companhias com atividades no porto de Santos.

“Muitas vezes eu verifico que decretos por mim assinados, que foram objetos dessas preliminares todas, que acabei de enunciar, e dos quais tomo conhecimento muitas vezes apenas no dia, para ser assinado uma semana depois, às vezes até em solenidade públicas, o que se alega é que o presidente da República quis beneficiar uma ou outra empresa”, criticou Temer.

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