A pré-candidata a vice-governadora na chapa de José Ronaldo, Mônica Bahia, teceu duras críticas à gestão da saúde na Bahia, após nota divulgada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O órgão critica declarações de Mônica, citando-as como “lamentáveis”. A resposta da pré-candidata a vice veio pelas redes sociais, em dura carta sobre o assunto.
Confira a íntegra do documento:
“Muito me espantam as declarações da Sesab em resposta às minhas críticas à gestão de saúde do governo Rui Costa. A saúde na Bahia precisa melhorar muito. Para termos uma ideia, o governo da Bahia é um dos que menos investe em saúde no país.
“Ainda amargamos sim a falta de leitos neonatais (basta entrar na Regulação e ver que a demanda é muito superior à oferta), déficit de leitos obstétricos (situação que piorou com a reforma do Menandro de Faria, sendo substituída temporariamente por uma UPA modificada), a desestrutura da saúde psicossocial com a insuficiente oferta de leito em hospital geral, pacientes na fila aguardando leito de UTI, hematologia, cardiologia, nefrologia, obstetrícia, cirurgia, dentre outros.
“Os problemas vão além: equipes incompletas, baixa oferta de exames complementares e o ‘samba dos vínculos empregatícios’, que até puderam ser evidenciados nos últimos dias com a situação do hospital Couto Maia, que acabou de ser relocado e já está com problemas com a contratação da equipe.
“Temos ainda a situação crítica dos hospitais filantrópicos que estão amargando uma dívida de mais de 9 bilhões porque os custos dos serviços são superiores aos valores pagos pelo governo.
“Vamos somar ainda a questão do Planserv que cuida de 500.000 vidas e agora veio com as cotas para serviços, prejudicando a saúde do usuário e endividando os prestadores.
“Mortalidade infantil aumentou acima da média nacional (9,2% nos últimos dados de 2016), mortalidade materna também aumentando, redução de leitos no SUS (2.126 leitos a menos de 2010-2015), cirurgia pediátrica com problemas, hemodiálise em crise…
“Enfim, um governo que vem investindo apenas a obrigação (12%), mas proporcionalmente menos a cada ano (2014-2016: 12,9- 12,46-12,26) não pode achar que está tudo bem. O que desejamos é planejar uma saúde melhor e manter as discussões com ética.”