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SEM REFORMA DA PREVIDÊNCIA, INDICADORES DETERIORAM, DIZ XP

Redação - 06/08/2018 19:40 - Atualizado 06/08/2018

O ambiente macroeconômico no Brasil terá rápida deterioração se o próximo presidente encerrar o primeiro ano do mandato sem realizar a reforma da Previdência. A afirmação é da economista-chefe da corretora XP Investimentos, Zeina Latif, que falou sobre o assunto em palestra na tarde de hoje (6).

Ao falar a respeito dos desafios do governo que tomará posse em janeiro, a economista avaliou que o candidato que vencer as eleições presidenciais de outubro terá que dar continuidade à agenda de reformas para evitar tanto uma forte pressão cambial quanto a estagnação da renda per capita do País.

“Não dá para crescer pouco. Crescer pouco é privilégio para ricos, não para nós”, declarou Zeina. A executiva argumenta que a eleição deste ano será a mais importante da história do país, pelo menos do ponto de vista econômico. “Se tropeçarmos agora, estaremos comprometendo o futuro”.

Ao tratar de temas como a Reforma Trabalhista, o regime fiscal que fixou um teto aos gastos públicos e os cortes nos juros subsidiados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a economista avaliou que a agenda de reformas foi iniciada pelo governo do presidente Michel Temer (MDB). Porém, argumentou que o processo reformista não teve a aprovação da sua “espinha dorsal”: a reforma da Previdência.

“Se o próximo presidente perder o primeiro ano de mandato sem alterar a Previdência, teremos rápida deterioração do ambiente macroeconômico”, assinalou a economista da XP. A executiva argumentou que, sem a reforma, o País vai retroceder ao quadro experimentado durante o governo de Dilma Rousseff (PT), quando, conforme lembrou, não se sabia para onde iriam os juros, a inflação e o câmbio.

Ainda assim, a economista tem uma perspectiva otimista quanto às eleições de outubro. Ela argumenta que  a retomada econômica, ainda que em ritmo aquém das expectativas, reduz o apelo dos discursos populistas, os candidatos não negam a necessidade da reforma da Previdência e houve um amadurecimento do debate econômico. “Não fazer a reforma da Previdência é não terminar o mandato”, comentou.

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