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CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA MIRAM VOTO FEMININO NA ESCOLHA DOS VICES

Redação - 06/08/2018 13:44

A grande maioria dos candidatos a presidência da república apostaram nas mulheres como vices para poder conquistar o público feminino. Uma pesquisa mostrou que 52,5% do eleitorado é composto por mulheres e a grande maioria dos eleitores indecisos são mulheres. De olho nisso, os principais postulantes à Presidência da República passaram as últimas semanas em busca da “vice do sonhos”. Mas não era o Plano A de nenhum deles.

Geraldo Alckmin (PSDB) queria Josué Gomes (PR), assim como Ciro Gomes (PDT). Jair Bolsonaro (PSL) queria Magno Malta (PR). O PT chegou a sinalizar a Ciro Gomes com a vice. Nada nesse primeiro cenário se concretizou. E os candidatos partiram para o “Plano M”: uma mulher para a chapa. Alckmin, então, fechou com a senadora Ana Amélia (PP-RS) e Ciro Gomes, com a senadora Katia Abreu (PDT-TO). Em comum, o objetivo dos candidatos de ter representatividade feminina na chapa, além de sinalizar para o agronegócio. Ambas têm interlocução com a bancada ruralista. No caso de Ana Amélia, Alckmin ainda mira votos no Sul, que divide com Bolsonaro e com Álvaro Dias (Podemos).

Katia Abreu, ao blog, admitiu que o fator mulher pesa na escolha. E diz que foi sondada por Carlos Lupi, presidente do PDT, na quinta-feira passada se aceitaria ser vice. A decisão foi anunciada no domingo (5). Psicóloga de formação, ela disse à reportagem que “dá muitos conselhos” a Ciro – conhecido por ter um temperamento explosivo. No caso de Jair Bolsonaro, ele tentou fechar com o PR de Valdemar Costa Neto – mas Magno Malta, seu escolhido, não topou. Bolsonaro partiu para o plano B – Janaina Paschoal. Temendo resistência, Bolsonaro arrumou um plano C- o príncipe Luis Felipe de Orleans e Bragança.

O candidato chegou a anunciar na sabatina da GloboNews, na sexta-feira (3), que estava entre os dois – mas já admitia nos bastidores que deveria escolher o príncipe. Motivo: Janaina alegara ter questões pessoais que poderiam fazê-la declinar. Bolsonaro queria uma mulher na vice para amenizar a imagem de que é machista, devido a declarações que causam polêmica, como a de que foi uma “fraquejada” ter tido uma quinta filha mulher. Com uma mulher na vice, ele tentaria diminuir sua rejeição entre o eleitorado feminino. Mas, para surpresa até de adversários, Bolsonaro acabou definindo o general Mourão como seu vice. Mourão, recentemente, defendeu a ditadura e o coronel Brilhante Ustra.

No caso do PT, a cinco minutos do fim do prazo neste domingo, o comando do partido anunciou Fernando Haddad na vice de Luiz Inácio Lula da Silva – mas, já admitindo que o ex-presidente será considerado inelegível, o partido indicou Manuela D’ Ávila (PC do B) como vice

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