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PROFESSORES DA UNEB PARALISAM ATIVIDADES POR UMA SEMANA

Redação - 03/08/2018 16:18

A próxima segunda-feira (06) começa com os portões da Uneb fechados e sem o início do segundo semestre letivo. Alegando problemas da universidade, causados principalmente pela crise orçamentária, os professores decidiram, em assembleia geral, realizada em 25 de julho, realizar paralisação de 06 a 11 de agosto. A orientação da coordenação do movimento é que o protesto aconteça nas 24 unidades, espalhadas por todo o estado da Bahia.

No primeiro dia do protesto, segunda-feira, às 8h da manhã, professores farão panfletagem e ato público em frente à Uneb de Salvador, localizada no bairro do Cabula. A atividade começará com um café da manhã aos manifestantes. Posteriormente, acontecerão falas dos docentes sobre a crise da universidade. Apresentações cultuais durante toda a manhã também estão previstas. A expectativa é que o protesto conte com o apoio de representações estudantis e de servidores técnicos.

Segundo a coordenação da Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), durante a paralisação, vários problemas serão denunciados à sociedade. Apesar das inúmeras questões, o fato que levou ao fechamento da universidade foi a ameaça do corte das passagens intermunicipais aos professores, que dependem das mesmas para trabalharem nos campi do interior.

De acordo com o coordenador geral da ADUNEB, Milton Pinheiro, a reivindicação da categoria é a alteração do Decreto de Lei 6.192/97, que limita a compra de passagens, por parte da reitoria da universidade, a apenas 72 km do local de moradia do professor.

Por meio de uma orientação do Tribunal de Contas do Estado, o corte das passagens na Uneb deverá ocorrer em outubro deste ano. Desde 2015, os professores pressionam a reitoria para uma solução definitiva à questão. Estudos efetuados pelo Movimento Docente (MD) apontam que o investimento da Uneb na compra de passagens representa, aproximadamente, apenas 2% do orçamento da universidade.

A coordenação da ADUNEB, sua assessoria jurídica e a Comissão Passagens do Movimento Docente elaboraram uma sugestão de minuta para a alteração do Decreto 6.192/97. O documento está na Casa Civil e Governadoria desde setembro de 2016. Porém, segundo a associação docente, o governador Rui Costa não demonstra vontade política em resolver a questão.

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