Ainda nos idos de 2009, a capa de um prestigioso jornal de negócios editado na Bahia previa que a ponte Salvador – Itaparica ficaria pronta em 2013. Cinco anos após a previsão inicial, o equipamento ainda não ficou pronto e mesmo pessoas próximas ao assunto evitam tecer comentários acerca do período a partir do qual os baianos poderão fazer o translado para a Ilha usando a ponte, para tanto.
A implantação do equipamento está longe de ser unanimidade. O falecido escritor João Ubaldo chegou a se manifestar de maneira contrária à implantação da ponte em diversos momentos: “Itaparica vai se transformar numa espécie de subúrbio de Salvador e, provavelmente, favelizada”, protestou certa feita. Os comerciantes locais, porém, têm expectativa em relação ao assunto, dado o potencial da ligação entre a ilha e a capital baiana aumentar o número de visitantes na região, gerando emprego e renda através do turismo.
No presente momento, os trâmites do projeto avançam em direção à transferência da coordenação do projeto da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan) para a Secretaria de Estadual da Infraestrutura (Seinfra), que será responsável pelo processo licitatório.
Nos meses anteriores, houve uma chamada pública, que teve como objetivo principal refazer parcialmente o projeto básico de modo a reduzir o orçamento da obra, que teve corte de custos da ordem de R$ 1,6 bilhão. “O projeto de PPP [Parceria Público-Privado], orçado, inicialmente, a valores atualizados, em R$ 8,3 bilhões, será assim licitado por – no máximo – R$ 6,7 bilhões”, informa a Seplan em nota.
A nova chamada pública aberta ainda em 15/08/2017 foi encerrada em maio passado, com a entrega pelas três empresas autorizadas – OAS, CR20 e CREC4 – de parte dos estudos realizados.
Para tanto, foram estabelecidos novos parâmetros para a Ponte Salvador – Itaparica, dentre os quais: redução da altura no vão central de 125m para 85m; redução do comprimento do vão central de 550m para 450m; redução dos vãos laterais e da altura dos mastros do trecho estaiado; redução do comprimento dos vãos de aproximação e diminuição da largura do tabuleiro, que passou de oito faixas para seis.