O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, classificou como importante a utilização do árbitro de vídeo no jogo de quinta-feira (2) pela Copa do Brasil, quando o tricolor recebe o Palmeiras pelas quartas de final da competição, na Arena Fonte Nova. A novidade foi anunciada pela CBF ontem (30), na sede da entidade, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Em entrevista à Rádio Metrópole após o empate do Esquadrão de Aço em 2 a 2 com o Atlético-MG no Brasileirão, o dirigente fez um alerta a respeito da escalação dos árbitros do confronto. Leandro Vuaden será o encarregado do VAR para o jogo, que terá como árbitro de campo Anderson Daronco. De acordo com presidente, a dupla gaúcha ficou marcada na história recente do tricolor por conta da arbitragem nos Ba-Vis da final do Baianão em 2016.
“Para mim a vinda do VAR vem com uma surpresa com os dois árbitros que entraram para a história do Bahia. Não tenho lembrança de outros árbitros que marcaram tanto a história do Esporte Clube Bahia como essa dupla. O campeonato de 2016 a gente entende que, sob o ponto de vista de conceito do futebol, aquele título era nosso. Acontece que esses dois senhores tiraram o título de 2016 agressivamente. Uma coisa que dói e machuca o torcedor até hoje. Uma notícia boa, que é a vinda do VAR, é envolvida de muita dúvida a partir do momento que esses dois senhores venham apitar a partida de quinta-feira. Espero que tenham aprendido muito com os fatos de 2016”, disse Bellintani, que declarou não querer o Bahia “beneficiado” no jogo.
“Quero um jogo justo e que os principais lances polêmicos sejam marcados pelo VAR”, afirmou. O dirigente ainda lembrou do voto do Bahia pela implementação do árbitro de vídeo no Brasileirão deste ano. A medida foi rejeitada pelos clubes, após a CBF querer que os clubes pagassem pelo uso da tecnologia. O custo avaliado para os 380 jogos da Série A era de R$ 20 milhões.
“O VAR é feito por pessoas, ele não é uma tecnologia que define a validade ou invalidade de um lance. A vinda do VAR é positiva. O Bahia é um dos poucos clubes que votou pelo VAR ainda no Campeonato Brasileiro, ainda a um custo alto para os clubes. Cada clube deveria desembolsar cerca de R$ 1 milhão, mesmo com o orçamento muito pequeno que temos nós fomos a favor. Os campeonatos que passamos mostram que tínhamos razão. É óbvio o que estamos vendo, seja no pênalti contra a Chapecoense lá em cima de Gilberto, que o próprio árbitro reconheceu como falha. Tivemos hoje falhas absurdas, com um pênalti que foi uma mão muito clara e diversas inversões de falta. Vendo o nível da arbitragem brasileira, para mim está perto do fundo do poço”, criticou o cartola tricolor.