Segundo dados divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), existe uma elevada presença de homens e de pessoas com pouca escolaridade no setor da Construção – O setor de Construção é, historicamente, um espaço de trabalho com elevada presença de homens, negros, chefes de família e pessoas com menos escolaridade. A proporção de homens na Construção manteve-se praticamente no mesmo nível ao longo dos anos analisados, representando 95,3% do total de ocupados no setor, em 2011, e 96,2% em 2017 quando foi observada a maior proporção deles no setor.
De modo semelhante, a proporção de chefes de família na Construção é expressiva, e supera a observada nos demais setores da economia. Em 2017, os chefes de família representavam 79,3%, do total de ocupados na Construção, aumento de 2,4 p.p. em relação ao ano anterior, e de quase 12,2 p.p. em relação a 2011 (quando era de 67,0%). Nos demais setores, a participação dos chefes de família no total dos ocupados também aumentou ao longo do tempo. Entre os anos 2011 e 2017, o percentual evoluiu de 46,4% para 52,5 %.
Melhoria do nível de escolaridade e aumento na participação de ocupados com idade mais elevada – Em relação à escolaridade, observa-se que é muito elevada a parcela de trabalhadores com pouca instrução no setor de Construção. Em 2011, 44,3% dos ocupados do segmento tinham o ensino fundamental incompleto, em face de 21,5% dos ocupados da RMS que tinham a mesma escolaridade. Por outro lado, no mesmo ano, apenas 27,1% dos trabalhadores na Construção tinham o ensino médio completo ou o superior incompleto. A título de comparação, essa proporção era de 48,6% no conjunto os trabalhadores ocupados da região.