A greve dos professores da rede municipal de Salvador entra em décimo terceiro dia, ainda sem perspectivas de entendimento entre os profissionais da educação e a prefeitura. Amanhã haverá mais uma rodada entre a Secretaria Municipal de Educação (SEMD) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB).
O diálogo, porém, deverá ser difícil, pois a prefeitura insiste em não oferecer reajuste á categoria. De acordo com a diretora da Aplb, Elza Melo, a categoria fez uma flexão quanto ao reajuste salarial e aprovou uma contraproposta de reajuste linear no percentual de 6,8% mais 2,5% de avanço na referência para ser entregue ao prefeito de Salvador. “Teremos assembléia na quarta (25), quando a categoria irá se reunir para avaliar o panorama”, destacou Elza, em entrevista ao Bahia Econômica.
Na tarde de hoje, a Prefeitura de Salvador enviou dura nota à imprensa, na qual denuncia “radicalismo” e “partidarismo” da APLB, que estariam prejudicando os alunos da rede municipal com a greve.
De acordo com o secretário municipal de Educação, Bruno Barral, o movimento grevista alcançaria apenas uma pequena parte das escolas de Salvador (hoje somente 10% delas).”A Prefeitura de Salvador está aberta às negociações, buscando uma solução com base no diálogo. O fato é que há uma radicalização por parte de um pequeno grupo que prefere deixar nossos alunos sem aula a retomar as negociações”, considera Barral.
“É um movimento que desde o início teve pouca adesão, apontando seu viés partidário, uma vez que as lideranças sindicalistas são ligadas a partidos de oposição à Prefeitura. Nossos alunos não podem ser vítimas desse tipo de jogo de interesse”, prossegue.