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MORTES DE IMIGRANTES NO MAR MEDITERRÂNEO ATINGEM NÍVEL MAIS ALTO EM 18 MESES

Redação - 21/07/2018 08:05

O mês de junho registrou o maior número de mortes em um ano e meio entre imigrantes que tentaram entrar na Europa pelo Mar Mediterrâneo, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações das Nações Unidas (OIM-ONU). Entre os dias 1º e 30, pelo menos 629 mortes foram confirmadas na região, incluindo o Mar Egeu.

O valor é quase igual ao número de mortos nos cinco meses anteriores, entre janeiro e maio. Já em julho o número de mortes chegou a 198 até esta quinta-feira (19).As ONGs que mantêm barcos nas águas internacionais para resgatar os imigrantes – a maioria africanos e do Oriente Médio – afirmam que a nova política do governo da Itália de bloquear o acesso dos navios aos portos do país dificultou o trabalho de resgate. Elas também denunciam práticas do governo da Líbia que vão contra as leis marítimas, como negar ajuda a barcos em perigo.

Em um comunicado divulgado no dia 12, a organização Médicos sem Fronteiras (MSF) criticou a recusa da Itália à chegada de novos imigrantes resgatados. “As decisões políticas europeias tomadas durante as últimas semanas tiveram consequências mortais. Foi tomada a sangue-frio uma decisão que deixa homens, mulheres e crianças se afogarem no mar Mediterrâneo. Isso é ultrajante e inaceitável”, disse Karline Kleijer, chefe de emergências da MSF. O novo governo da Itália tomou posse em 1º de junho, com a promessa de gerar empregos para o povo italiano e expulsar imigrantes ilegais.

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