“PRETENDEMOS DIALOGAR”, DIZ ALELUIA SOBRE POSSÍVEL APOIO DO DEM A CIRO GOMES (PDT)

Em entrevista ao Bahia Econômica, o deputado federal José Carlos Aleluia, uma das principais lideranças do Democratas (DEM) na Bahia, afirmou respeito à candidatura de Ciro Gomes pelo PDT e confirmou que o partido pretende dialogar com o político cearense em torno de possível apoio na corrida presidencial.

Aleluia, porém, reforçou que as conversas, tanto com Ciro quanto com outros candidatos, ainda estão em seus movimentos iniciais, sendo que a decisão final acerca do nome a ser apoiado pelo DEM deva ser divulgada oficialmente nas próximas semanas. “Respeitamos todos os partidos e candidaturas e estamos dialogando”, considerou Aleluia.

O presidente nacional do DEM, ACM Neto, vem conversando com pré-candidatos, tendo se reunido, inclusive, com o ex-governador paulista e pré-candidato pelo PSDB, Geraldo Alckmin. A candidatura própria do partido, que lançaria o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, não foi viabilizada, sendo que a retirada da candidatura de Maia deva ser divulgada nas próximas semanas. Enquanto o anúncio oficial da desistência de Maia não vem, o DEM segue buscando alianças para o pleito de 2018.

Enquanto o DEM agrega, o MDB se convulsiona por conta da candidatura do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ontem (19), em apenas algumas horas, dois caciques do partido, os senadores Roberto Requião e Renan Calheiros dispararam dardos mortais à candidatura do economista. Requião postou vídeo em página oficial do partido contra a candidatura de Meirelles, Renan, por sua vez, enviou dura carta aos afiliados ao MDB contra as pretensões do ex-ministro em lançar-se à corrida presidencial.

No âmbito esquerdista do espectro político, o presidente estadual do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, disse, em entrevista ao Bahia Econômica, que a aproximação de Ciro com o chamado “Centrão” – a base de sustentação do governo Temer, formada principalmente por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade – eliminaria as chances de um palanque no qual possam figurar petistas e Ciro, “por questão de coerência”.