Por João Paulo Almeida
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) as atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia apresentaram, em maio, retração de 8,2%, em relação a maio do ano passado. O resultado do turismo baiano foi o pior do país e a quarta queda consecutiva nessa comparação. Já ante abril, deste ano, o setor registrou redução de 4,9%. Esse resultado foi o segundo pior entre os 12 estados investigados, melhor apenas que o verificado no Distrito Federal (-5,0%), e ficou abaixo da média nacional (-2,4%).
Em entrevista ao Portal Bahia Econômica, o vice – Presidente do SHRBS – Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Litoral Norte e Presidente da FeBHA – Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação – Silvio Pessoa, explicou que no mês em questão a Bahia sofreu com greve de ônibus e greve dos caminhoneiros, por isso a economia foi muito afetada.
“A pesquisa tem uma abordagem de Bahia. No estado no mês sofremos com duas greves que foi a greve de ônibus e a greve dos caminhoneiros. Essas paradas são muito prejudiciais ao setor e só mostram que o estado não está fazendo a promoção turística necessária. Em Salvador, ainda estamos sofrendo com a falta do Centro de Convenções e nos meses de Maio e Junho o turismo de negócio sofre muito com a falta do equipamento”, explicou Silvio.
No ano de 2018, o volume das atividades turísticas no estado já acumula queda de 4,4%, mantendo-se como a segunda maior retração, menor apenas que a do Rio de Janeiro (-6,2%), e maior que a média nacional (-0,3%). Nos 12 meses encerrados em maio, o turismo baiano também apresenta retração (-1,1%), embora menor que a média nacional (-4,0%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (13) pelo IBGE.