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VANTAGENS FISCAIS PODEM TER SIDO DETERMINANTES PARA CR7 NA ITÁLIA

Redação - 12/07/2018 09:00 - Atualizado 12/07/2018

A saída de Cristiano Ronaldo do Real Madrid com destino à Juventus levantou diversos questionamentos no mundo do futebol. Com uma passagem vitoriosa no clube merengue, muitos se perguntam quais os motivos para o craque começar do zero em Turim. Além do lado esportivo e de performance, existem razões financeiras e econômicas que podem ter sido determinantes para o atacante deixar para trás a carreira dos sonhos que alcançou em Madri e iniciar uma nova trajetória na Juve.

Um salário maior é sempre um fator a ser considerado no momento de trocar de empresa. No Real Madrid, o salário de Cristiano Ronaldo girava em torno de € 21 milhões (R$ 94 milhões) por ano. Na Juventus, de acordo com o jornal “AS”, a expectativa é que o craque recebe € 30 milhões (R$ 135 milhões). Não é novidade para ninguém a rigidez fiscal na Espanha. Diversos astros do futebol espanhol, como Messi, Neymar, na época do Barcelona, e até o próprio Cristiano Ronaldo, foram denunciados por crime de sonegação. CR7 é acusado de fraude fiscal de € 14,7 milhões (cerca de R$ 66 milhões) por não declarar direitos de imagem e desviar dinheiro a paraísos fiscais. Ao todo, o português soma quatro delitos contra a Fazenda na Espanha.

Os agentes de Cristiano propuseram um acordo à Advocacia do Estado espanhol, segundo informações do jornal “El País”. O jogador estaria disposto a aceitar € 18,8 milhões (R$ 85 milhões) de multa e uma condenação de dois anos, sem obrigação de ingresso – a lei da Espanha permite que penas inferiores a dois anos sejam cumpridas em liberdade. Se o fisco na Espanha era um problema para CR7, na Itália, por sua vez, ele pode ser uma solução. A questão de impostos na nova casa do português é mais favorável que em solo espanhol. Desde março de 2017, a lei de finanças italiana estabeleceu um imposto de € 100 mil (R$ 450 mil) por ano para receitas adquiridas fora do país.

Desta forma, Cristiano Ronaldo e a Juventus pagariam normalmente os impostos na parte do futebol, como salário, premiações e direitos de imagem. Para todos os rendimentos adquiridos e mantidos pelo craque fora da Itália, incluindo patrocínios individuais, imóveis e empresas, o atacante pagaria o valor de € 100 mil por ano. Vale destacar que a taxa de tributação do imposto de renda na Itália pode ir até 43% em valores acima de € 75 mil (R$ 337 mil) anuais, ou seja, os valores pré-determinados promoveriam uma economia significativa para o português. Cristiano Caús destaca que esse tipo de incentivo do governo italiano é bastante atrativo para um jogador com receitas milionárias também fora dos gramados, como é o caso de CR7. Além disso, Caús explica que existem manobras fiscais para que o atleta consiga pagar menos impostos.

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