A inflação sentida pela população idosa acelerou o ritmo de alta de 0,89% no primeiro trimestre deste ano para 2,30% no segundo trimestre, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 11. O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou uma alta de 5,14% em 12 meses.
Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou acima da taxa de 4,43% acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos.
No segundo trimestre de 2018, seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas. A principal contribuição partiu do grupo Habitação, que passou de alta de 0,07% no primeiro trimestre para aumento de 3,08% no segundo trimestre. O item que mais influenciou o avanço foi a tarifa de eletricidade residencial, que variou 13,97% no segundo trimestre, ante uma queda de 2,05% no trimestre anterior.
Os demais acréscimos ocorreram nos grupos: Alimentação (de 1,41% para 2,50%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,59% para 2,55%), Transportes (de 1,61% para 2,39%), Vestuário (de -0,02% para 1,05%) e Comunicação (de -0,13% para 0,09%). Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,73% para -0,98%) e Despesas Diversas (de 0,62% para 0,35%), sob influência de itens como passeios e férias (de -2,91% para -5,75%) e cartório (de 2,87% para 0,12%).