A Polícia Federal (PF) afirmou ter recebido 10 comprovantes de pagamentos da empresa Pérola, do grupo Rodrimar, para o escritório de advocacia de Flávio Calazans. De acordo com o blog da jornalista Andreia Sadi, do portal G1, o advogado revelou, em delação premiada, que o escritório favorecido foi utilizado para lavar dinheiro pago a Milton Lyra, apontado como operador do MDB. Os depósitos fazem parte do inquérito dos portos, que investiga se o presidente Michel Temer editou um decreto em 2017 para beneficiar empresas do setor, dentre as quais a Rodrimar. Em troca do benefício, a empresa teria pago propina ao partido. Por meio de nota, a Rodrimar afirmou que não participa da gestão da Pérola e que a empresa é controlada por uma multinacional. A companhia declarou ser alvo de “campanha metódica e oportunista”, com “claros interesses não só políticos, mas também comerciais”.