Ao lado do técnico Enderson Moreira e do diretor de futebol Diego Cerri na coletiva pós-jogo, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, também respondeu a questionamentos da imprensa, lamentando a perda do título e agradecendo a torcida pelo apoio ao time e pela festa na Fonte Nova.
“Primeiro, uma palavra de agradecimento e de desculpas à torcida. A gente deve isso a uma torcida que bateu recorde de presença no estádio, que recebeu o time de forma, mais uma vez, emblemática, ensinado ao Brasil como é uma relação de uma torcida com um clube, de paixão e de vínculo muito forte. Agora, vou rememorar uma entrevista que dei após o título do Baiano, quando falei no Ba-Vi, ainda no Barradão, que ganhar um título não significava que estava tudo tem. Para dizer que perder um título não significa também que está tudo mal. Não podemos achar que ser vice-campeão do Nordeste é um absoluto demérito. Lógico que a gente tinha a expectativa do título. A gente ouviu que estava jogando contra uma equipe da Série B, mas foi uma equipe da Série B que chegou à final deixando uma equipe da Série A no caminho”, disse o presidente.
Bellintani falou ainda sobre o desempenho do elenco montado para a temporada. “Se comparar com os últimos oito, dez anos, o clube tem sido mais assertivo nas contratações. Acho que a gente acertou mais que nos últimos anos. O que falta é um projeto coletivo. No geral, a gente não tem grandes críticas a jogadores individualmente, mas ao sistema de jogo e ao resultado desse sistema. Como principal responsável pelo clube, não posso aqui achar que não há coisa a serem corrigidas. Mas quem acha que reforços resolvem as coisas no futebol, precisa olhar para clubes que têm o elenco superinchado, com 40 a 60 atletas, e que depois vai se esforçando para emprestar e reduzir folha. Vamos contratar mais? Óbvio que sim, até porque temos um problema de reposição do goleiro Douglas, que tem a expectativa de ficar mais 45 dias parado, e também na lateral direita, após a saída de João Pedro. Já trouxemos o Gilberto, que vai estrear apenas no Brasileiro, mas outras posições também serão objeto de análise, sempre aí fazendo essa avaliação em conjunto com o diretor de futebol, Diego Cerri, e o treinador Enderson Moreira”.
Por fim, o presidente refutou que houve prejuízo financeiro ao clube com a perda da Copa do Nordeste. “Na minha avaliação, o maior prejuízo foi não entregar ao torcedor aquilo que ele tinha de expectativa, que era o título. Falando do prejuízo financeiro, ele não estava contabilizado. O Bahia foi muito conservador no orçamento. Quanto ao prejuízo técnico, a gente tem um desafio de começar a Copa do Brasil desse o começo. Isso pode ser muito ruim, porque aumenta o calendário, tem o risco, mas financeiramente, se chegarmos às oitavas, a gente ganha duas vezes e meia mais em relação a quem entra diretamente na fase”.