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CIRO E MARINA CAUSAM DESCONFORTO NO ENCONTRO DA CNI

Redação - 05/07/2018 07:35 - Atualizado 05/07/2018

Em encontro com empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os principais pré-candidatos à Presidência da República apresentaram ontem suas ideias para tentar conquistar a simpatia de um dos grupos mais relevantes da economia brasileira. Participaram da sabatina da CNI os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB).

Eles trataram de temas caros ao setor, mas nem todos agradaram os industriais. Enquanto Marina e Ciro causaram desconforto ao criticar a reforma trabalhista — o pré-candidato do PDT chegou a ser vaiado —, Bolsonaro e Alckmin foram aplaudidos diversas vezes. No encontro, os empresários aproveitaram para entregar aos presidenciáveis um conjunto de 43 propostas para “estimular a economia nos próximos quatro anos”.

Primeiro a falar, Geraldo Alckmin prometeu, caso seja eleito, realizar reformas ainda no primeiro semestre de 2019. O ex-governador apontou a necessidade simplificar a tributação e fazer as reformas política e da Previdência. Além disso, se comprometeu a zerar o déficit público em dois anos e a dar impulso às privatizações. Aplaudido pelos empresários ao prometer reduzir o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Alckmin citou como exemplo o presidente dos EUA, Donald Trump, que diminuiu impostos corporativos.

“Temos um verdadeiro manicômio tributário. O presidente Trump reduziu o imposto de renda corporativo. No mundo todo você tem um IVA, um imposto por valor agregado. Você faz uma transição do modelo tributário. Tendo um modelo tributário menor é possível ir reduzindo a carga tributária”, disse.

Jair Bolsonaro acompanha partida da Copa do Mundo no cafézinho da CamaraBolsonaro e deputados assistem a jogo da Copa durante sessão na Câmara. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, durante visita à Brasília ‘Não tem como o MDB não apoiar Eduardo Paes’, diz Pezão. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante o Encontro Nacional da Indústria. FH defende candidatura de centro ‘qualificada’: ‘não é o centrão’. Já Bolsonaro agradou a plateia ao defender os empresários e ao afirmar que, sem eles, não há empregos. O pré-candidato disse que vai focar na redução da burocracia.

Ciro Gomes, por sua vez, foi vaiado ao dizer que pretendia rever a reforma trabalhista. Ele disse que só poderia revogar a reforma com a aprovação do Congresso, mas que havia assumido o compromisso com as centrais sindicais. “Fui vaiado por uma pequena fração, que depois percebeu que tinha feito uma indelicadeza desnecessária. Mas não estou um pingo incomodado pelo fato de receber agressão pelo fato de defender trabalhador. E essa reforma trabalhista, da forma como foi feita, é uma selvageria”, disse o pré-candidato.

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