A transferência da gestão do Planserv para a empresa catarinense Qualired e as recentes acusações do governador Rui Costa (PT), relacionadas aos médicos e clínicas credenciadas a operadora de saúde mostram que o governo baiano tem fragilizado o benefício, descontado na folha dos servidores públicos da Bahia, segundo a oposição baiana.
“O governador incrimina de forma irresponsável os prestadores de saúde e ofende moralmente a classe. Além disso, em lugar de melhorar o Planserv, o governador desqualifica-o e sem transparência, altera a gestão do plano de saúde, criando cotas e cortando o atendimento, que é um direito do funcionalismo público do estado, que paga mensalmente pelo seguro em saúde”, condena o líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, Luciano Ribeiro (DEM).
O líder lembra que o Planserv é o único plano que não existe inadimplência, já que a mensalidade é debitada no salário dos servidores. “Vale lembrar ainda que o governo reduziu a sua participação no plano de 5% para 4%, no ano de 2015, ou seja, diminuiu a sua contribuição e arrochou a taxa para os servidores”, lamenta.
Outra questão que chama a sua atenção é a alegação do governador, em relação ao custo de R$ 1,5 bilhão do governo do estado com o plano. “Será que o governador esqueceu que os servidores pagam a contribuição mensal para usarem o plano?, questiona.
A Oposição contesta ainda a informação do governador de que a nova empresa estaria sendo responsável apenas por consultorias, pois usuários relatam que a autorização de procedimentos também vem sendo feita pela Qualirede, o que provaria a transação. “Se o Planserv tinha bom funcionamento por que contratar uma nova empresa?”, pergunta.