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RICARDO TEIXEIRA DESVIOU DINHEIRO DA CBF EM ESQUEMA COM VALCKE E ROSELL

admin - 30/06/2018 10:11 - Atualizado 30/06/2018

Em um esquema que movimentou 26 milhões de euros e que envolveu até mesmo o ex-secretário-geral da Fifa, o francês Jérôme Valcke, Ricardo Teixeira desviou recursos da CBF. A acusação faz parte da decisão da Justiça da Espanha de processar o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, por ter organizado um “emaranhado” de contas e empresas de fachada para lavar o dinheiro.

Documentos do processo obtidos pelo jornal O Estado de S.Paulo apontam que uma organização criminosa “procedeu em ocultar as quantidades ilicitamente desviadas por Ricardo Terra Teixeira”. Ele teria se utilizado de dois mecanismos para realizar a operação. O primeiro se refere “à venda por parte de Teixeira, representando a CBF, dos direitos da seleção de futebol de seu país, a uma empresa mercantil árabe com sede nas Ilhas Caiman”.

A operação contra Sandro Rosell eclodiu em maio de 2017, levando o catalão para a prisão por envolvimento no esquema milionário com Ricardo Teixeira e até Jérôme Valcke. As investigações na Espanha tiveram início depois que a reportagem revelou com exclusividade como os cartolas tinham criado um sistema para desviar recursos da seleção brasileira, por meio de uma série de empresas de fachada.

De acordo com a Justiça espanhola, Ricardo Teixeira teria desviado 8,5 milhões de euros, além de outros 6,5 milhões por Sandro Rosell, “em prejuízo da CBF”. “Para dar aparência de legalidade à cobrança desse dinheiro, os investigados levaram à cabo uma série de contratos de fachada”, disse o documento.

 Com um emaranhado de empresas, um mecanismo foi criado para transferir “para as contas de Teixeira” ou de testas de ferro. O documento aponta para uma série de transferências para contas relacionadas com o brasileiro. Em uma delas, ele recebeu 1,1 milhão de euros e, em outra, 460 mil euros.

A outra forma de desvio seria o “contrato de patrocinado assinado pela CBF com a marca esportiva Nike, com intervenção da sociedade de Rosell, denominada Alianto”. De acordo com a Justiça espanhola, a Ailanto se apresentou como “intermediária de negociações entre a CBF e a Nike, em 2008”.

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