As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), mostram que a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador ficou estável em 25,2% da População Economicamente Ativa (PEA), entre abril e maio de 2018. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto passou de 18,1% para 17,9% e a de desemprego oculto, de 7,1% para 7,2%.
O contingente de desempregados foi estimado em 507 mil pessoas (1 mil a menos em relação ao mês anterior). Este resultado decorreu da relativa estabilidade do nível de ocupação (-0,2%, ou menos 3 mil postos de trabalho) e da PEA (-0,2%, ou saída de 4 mil pessoas da força de trabalho da região). A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – também permaneceu em relativa estabilidade, ao passar de 59,1%, em abril, para 58,9%, em maio.
No mês de maio, o contingente de ocupados ficou relativamente estável (-0,2%), sendo estimado em 1.506 mil pessoas. Segundo os setores de atividade econômica analisados, houve crescimento no número de ocupados nos Serviços (1,0% ou 10 mil) e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (1,0% ou 3 mil pessoas), declínio na Indústria de transformação (-7,1% ou -8 mil) e relativa estabilidade na Construção (0,9% ou 1 mil).
Segundo posição na ocupação, o contingente de trabalhadores assalariados aumentou (0,7% ou 7 mil), devido à elevação no setor público (17,7% ou 22 mil), já que no setor privado houve redução (-1,9% ou -16 mil). No setor privado, diminuiu o número de empregados com carteira de trabalho assinada (-2,0%, ou -14 mil) e sem registro em carteira (-1,7% ou -2 mil). Houve, ainda, aumento no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares, donos de negócio familiar, etc. (10,0% ou 10 mil) e retração no número de empregados domésticos (-6,1% ou -7 mil) e no de trabalhadores autônomos (-3,9% ou -13 mil).
Entre março e abril de 2018, aumentou o rendimento médio real dos ocupados (4,5%) e o dos assalariados (2,6%). Em valores monetários, passaram a equivaler a R$ 1.412 e R$ 1.503, respectivamente. A massa de rendimentos reais cresceu para os ocupados (6,2%) e para os assalariados (5,6%). No caso dos ocupados, o resultado foi devido ao aumento do rendimento médio real e, em menor proporção, do nível de ocupação. Entre os assalariados, o resultado decorreu da elevação do nível de emprego e do salário médio, em proporções semelhantes.