Durante sessão especial em homenagem aos 40 anos do Polo de Camaçari, nesta segunda-feira (18), na Câmara de Vereadores de Camaçari, o superintendente geral do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), Mauro Pereira, informou que em 2017, o complexo perdeu pelo menos R$ 86 milhões com o pagamento de estadias de navios internacionais no Porto de Aratu, o qual não tem a devida capacidade de escoamento da produção.
“O Porto de Aratu, por exemplo, é muito deficiente. Ele não tem condições de carregar ou descarregar muitos navios. E quando um navio fica muito tempo parado, a gente tem que pagar estadia. Esse dinheiro que se perde encarece muito os produtos e faz com que a gente não consiga competir com outras empresas”, pontua ele. Diante desse quadro, o complexo industrial pagou R$ 95 mil pela diária de cada navio atracado no porto, em 2017.
Conforme reportagem do Correio, na ocasião, o presidente da Associação de Usuários dos Portos da Bahia (Usoport), Paulo Villa, afirmou que a construção de quatro novos berços no Porto de Aratu custaria R$ 400 milhões. Esse dinheiro, segundo ele, seria fornecido pelas empresas interessadas. “O dinheiro para construir esses berços são da iniciativa privada”, reforça.
Mauro Pereira, por sua vez, destaca como principais problemas no momento vivido pelo Cofic, além dessa falta de infraestrutura no porto, a ausência de uma ferrovia no estado, a questão da matriz enérgica e a alta carga tributária. “Nesse aniversário do Polo, temos grandes planos para atingir. Queremos fazer com que o investidor nacional e internacional enxergue o Polo de Camaçari como uma oportunidade de investimento”, disse.