Se fossemos definir com uma expressão mais abrasileirada, Cristian Pavón seria o jogador com “alegria nas pernas” na seleção da Argentina. E foi a esse talento que Jorge Sampaoli recorreu para dar vida a um time que se mostrou tão dependente de Messi na estreia na Copa do Mundo. Pressão para o garoto de 22 anos, que colocou Di Maria no banco, mas encara a Croácia com credenciais de respeito. A maior delas: o apadrinhamento do camisa 10.
Foram necessários somente 168 minutos divididos em seis partidas na equipe principal para Pavón cair nas graças do torcedor e de Leo. Destaque do Boca Juniors nos dois últimos títulos nacionais, foi responsável por três jogadas que resultaram em gols em amistosos contra Nigéria, Rússia e Haiti. Suficiente para Messi abraçá-lo publicamente em entrevista na despedida de Buenos Aires
Elogio que soa como a realização de um sonho para o garoto que cresceu no povoado de Anisacate, na província de Córdoba e revelou sempre ter tido o sonho de jogar ao lado do ídolo. Na primeira oportunidade, em amistosos com Nigéria e Rússia, não perdeu tempo para tirar uma selfie e postar nas redes sociais com a legenda: “O melhor do mundo”.
Aposta do Boca em 2014, quando ainda tinha 18 anos e se destacava pelo Talleres, passou por um período de amadurecimento no Colón antes de vingar na Bombonera. As 30 assistências nas últimas três temporadas, com 70 partidas consecutivas como titular e participação destacada nos últimos dois títulos do Argentino justificam a idolatria dos xeneizes e uma multa milionária.
Quem quiser tirá-lo do clube de Buenos Aires terá que desembolsar R$ 134 milhões. De acordo a com a imprensa inglesa, o Arsenal o monitora e projeta o investimento ao apontá-lo como “novo Alexis Sanchéz”. A velocidade, facilidade no drible e o corte para dentro para arriscar arremates realmente lembra o chileno. Avaliações, entretanto, apontam que é necessário melhorar a pontaria: foram somente sete gols na última temporada.