A Polícia Federal apura se o deputado baiano João Carlos Bacelar (PR), conhecido como Jonga, violou o sigilo funcional em favor da Odebrecht em uma CPI sobre a Petrobras. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a PF pediu documentos sigilosos à Câmara Federal para avançar em uma investigação.
No acordo de colaboração premiada, José Carvalho Filho, ex-diretor de relações institucionais da empreiteira em Brasília, disse ter procurado Jonga durante a vigência da CPI, em 2015, para conseguir informações sobre sessões secretas do colegiado. “Ele [Bacelar] pediu que esperasse e, uma hora depois, me entregou um CD”, disse, em depoimento.
Na mesma apuração, os policiais apuram se Bacelar agiu em favor da companhia de outras maneiras no Congresso, também por meio de uma Medida Provisória de interesse do grupo em 2012, e ao conseguir barrar a convocação de um executivo para sessão de uma comissão da Câmara.