O ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, disse em entrevista ao Estado e à Rádio Eldorado que não pretende defender o “legado” do presidente Michel Temer caso seja eleito. Alckmin afirmou também que não vai convidar o emedebista para ocupar cargo no governo nem dar indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No campo econômico, ele diz pregar diferente do governo Michel Temer. “O governo atual tem um grande problema, que é a falta de legitimidade porque não teve voto. Na democracia tem que ter voto. A união entre o cidadão e o governo se dá pelo voto, por isso essa dificuldade enorme”.
Questionado se teria sido um erro do PSDB ter participado desse governo e ainda ter um ministro, o chanceler Aloysio Nunes, Alckmin saiu pela tangente e afirmou: “Todo mundo critica o presidente Temer. Acho que em muita coisa a crítica é procedente. Mas a gente tem que entender que é um governo de transição. É diferente de um governo eleito. Padece de uma questão de legitimidade”.
O pré-candidato tem sido alvo de fogo amigo dentro do PSDB. Há relatos que teria se irritado em jantar com aliados em Brasília… Como está a situação da sigla? “Não tem nenhuma irritação, pelo contrário, temos recebido grande apoio do partido. O que se pode fazer é olhar o copo meio cheio, meio vazio. Dos candidatos mais ao centro, que são dez praticamente, eu tenho a melhor posição. Está todo mundo com 1%, no máximo chega a 4% e eu vou de 7% a 11%. Agora, está muito fragmentado. Precisa diminuir o número de pré-candidatos, o que eu acho que vai acontecer lá no final de julho. Já quando o assunto foi o baixo patamar nas pesquisas, o tucano enfatizou que “não me preocupa muito essa coisa de pesquisa nesse momento. A maioria das pessoas ainda acha que eu sou governador de São Paulo. A informação demora”.