O pré-candidato a presidente da República do PSOL, Guilherme Boulos, avaliou que a condenação e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são uma “sacanagem”. Para o socialista, o petista foi punido sem provas. “O que está acontecendo com Lula é uma sacanagem. Você pode ter a discordância que for com ele. Eu já tive e já disse várias vezes dos erros que cometeu, mas ele foi condenado sem provas. O Brasil não viu extratos. O Brasil não viu áudio, mala de dinheiro. No caso de Lula, não tem provas e tem punição. No caso de [do presidente Michel] Temer, sobram provas e não tem punição”, comparou, em entrevista à Rádio Metrópole.
Boulos reiterou ser a favor da permissão de candidatura do ex-presidente. “Não é uma questão apenas de quem vota em Lula e no PT. É uma questão de quem está preocupado com a democracia”, frisou. Ele ainda defendeu a unidade da esquerda “em torno de princípios”. “Há um retrocesso em termos de direitos sociais e isso deve fazer com que a esquerda esteja unida para defender a democracia contra avanço da direita fascista, como Bolsonaro”, pontuou, ao reforçar a tese defendida pela postulante do PCdoB, Manuela D’Ávila, que admite a possibilidade de retirar o nome do pleito em função da “união”.
O pré-candidato do PSOL à Presidência da República, Guilherme Boulos, prometeu acabar com o que chamou de “farra dos bancos e do sistema financeiro” brasileiro. Em entrevista à Rádio Metrópole, o socialista também atacou a Câmara dos Deputados e o Senado, ao dizer que o Congresso Nacional é o “mais desmoralizado da história do Brasil”. Para ele, o atual sistema de presidencialismo de coalizão precisa ter um fim, já que “virou um balcão de negócio a céu aberto”. Boulos defendeu uma democracia mais participativa, com a realização de referendos e plebiscito.