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TENDÊNCIA: ECONOMIA BAIANA DEVE CONTINUAR CRESCENDO MENOS QUE A BRASILEIRA

Redação - 04/06/2018 19:03 - Atualizado 05/06/2018

Por: Luiz Souza

O PIB baiano cresceu metade da média nacional no primeiro trimestre, com 0,6%, contra 1,2%, respectivamente. A questão preocupante vem dos resultados das análises das informações divulgadas hoje (4), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan). A perspectiva é que a Bahia continue crescendo menos que o Brasil. A questão pode ser observada a partir do comportamento de setores essenciais ao crescimento do estado: a construção civil e a indústria de transformação, nos ramos da petroquímica e extrativista.

O economista João Paulo Caetano, coordenador de contas regionais e finanças públicas da SEI, inicia sua análise pelo setor da construção civil, com a observação de que a expansão do crédito ainda não chegou com todo o seu potencial ao consumidor, que ainda se vê em dificuldades com as contas a pagar, por conta da crise, da qual a economia brasileira se recupera ainda muito lentamente. Por outro lado, o ajuste fiscal tem emperrado novos investimentos pelo “Minha Casa, Minha Vida”, o que torna o setor ainda mais distante do seu período áureo, de 2008 a 2012.

Em relação aos setores industriais de petroquímica e extrativismo, a consideração é de que ambos se ressentem quanto à política de desinvestimentos da Petrobras, que não renova aportes financeiros em operações na Bahia. “A Petrobras pretende se desfazer de ativos na Bahia, então, deverá ocorrer novo crescimento apenas se os investidores que adquirirem esses ativos se proponham a investir”, diz Caetano, da SEI.

A Petrobras possui uma série de ativos em solo baiano, algo para além de oleodutos e gasodutos, mas que compreende também a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), a Fafen, além de participação acionária na Braskem e unidades geradoras de energia elétrica. A Petrobras ofereceu ao mercado 60% da RLAM.

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